Tuesday, April 18, 2006

UMA CASA

Por: Rita Maria Felix da Silva
(Dedicado a Márcio Domenes)
Era a Casa, como sempre fora, com seus distintos, inúmeros e monstruosos habitantes, num deserto rochoso, sob um céu de eterno cinza em que crepitavam relâmpagos.
Certa vez, Yuri, o vampiro, voltou perturbado do porão (onde se alojara o Cientista Louco). Encontrou Emílio, o lobisomem, na sala de jantar.
— Fui visitar o Barão Von Troft.
— Cuidado para não ficar louco também. O que foi que ele disse?
— Já pensou sobre o que é esta casa e o que realmente somos? O Barão me disse que não é uma casa de verdade, mas sim a mente de um escritor humano e que somos apenas personagens imaginários e recorrentes desse escritor. Emílio afastou-se furioso com aquela sandice.
FIM

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